No próximo mês de Março, seremos chamados a votar para
os órgãos sociais do SMMP.
Sou candidato a Presidente do SMMP e encabeço uma
lista constituída por colegas, jovens e menos jovens, de todos os graus hierárquicos
da nossa magistratura, disseminados por todas as comarcas do país, que decidiu
concorrer a estas eleições, sob o lema “Ouvir, Unir, Defender, Com
Transparência”, por entender que a mudança é indispensável.
Com efeito, há momentos na vida em que é crucial dar
um passo em frente e abandonar uma postura conformista ou comodista, que nos
leva, tantas vezes, a permitir que, por inacção, os outros decidam por nós.
Ingressei há quase 33 anos no SMMP, pela mão de
Rodrigues Maximiano e Mário Araújo Torres e desde então, tenho procurado estar
na linha da frente na defesa dos interesses do Ministério Público e dos seus
membros.
A experiência que acumulei ao longo destes anos e os
tempos difíceis que vivemos ultimamente enquanto magistratura, em que assistimos,
de modo quase passivo, à degradação, em diversos aspectos, do nosso sistema
judiciário, progressivamente delapidado dos necessários recursos humanos e
materiais e, principalmente, à desvalorização do nosso estatuto
socio-profissional, levam-me/levam-nos a tomar esta posição, de concorrer aos
órgãos sociais do SMMP, para uma defesa mais activa, intransigente e sobretudo,
transparente dos interesses do Ministério Público.
Conto com uma equipa unida, entusiasta, de colegas
competentes, independentes do poder político e sem qualquer interesse ou
ambição pessoais, motivada pelo objectivo de assegurar, não só a independência
externa e a autonomia interna do Ministério Público, como também pelo de
reivindicar um estatuto socioprofissional condigno, que seja reflexo das
múltiplas e singulares responsabilidades da nossa magistratura.
O sindicato que desejamos renovar, através da nossa
candidatura, será, acima de tudo, um sindicato de “porta aberta”, comunicativo,
que procurará ouvir os seus associados e transmitir-lhes de forma eficaz tudo
aquilo que lhes disser respeito, antes, durante e depois, das tomadas de
posição inerentes aos processos negociais em que participar, designadamente ao
nível do poder político.
Só agindo com transparência e ouvindo os associados
conseguiremos a necessária união que nos dará força para travarmos as duras
batalhas que se avizinham no que concerne a questões tão fulcrais como a
proposta de revisão do estatuto do Ministério Público, já em marcha, e depois,
a coordenação das comarcas, os movimentos de magistrados, as desigualdades
salariais no âmbito da própria magistratura, a escassez de quadros do
Ministério Público, enfim, um imenso mar de problemas que se têm arrastado e
agravado.
Termino como comecei: mudar é indispensável.
“Ouvir, Unir, Defender, Com Transparência”, é o nosso
lema.
Bem hajam aqueles que se identificam com este projecto
sindical, que pretende ser de todos nós, magistrados do Ministério Público.
Júlio Pina Martins
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