Apresentação


PORQUE NOS CANDIDATAMOS
 

Desejamos um SMMP em que todos se sintam representados.

Queremos um SMMP que ouça todos os seus associados, sem excepção, quanto aos assuntos relativos ao funcionamento da justiça e, designadamente, os que se referem à organização e ao funcionamento do Ministério Público, ouvindo igualmente e sempre que possível, os não associados, em matérias de maior relevância.

Ambicionamos um SMMP que represente efectivamente os desejos da sua massa associativa e cujas deliberações representem o sentir dos seus associados, que deverá ser auscultado através de sistemas referendários electrónicos de fácil manuseio e rápida resposta.  As reuniões da direcção nacional deverão voltar a ser abertas aos associados, como, aliás, era tradição.

Pretendemos refundar o SMMP e recuperar a sua capacidade interventiva, crítica e construtiva, em todas as suas áreas de actuação, seja no interior do Ministério Público, seja em relação ao poder político.

Assim, é de exigir a independência formal e material entre os membros eleitos para o CSMP e os que integram os órgãos sociais do SMMP, posto que tal confusão se tem revelado desastrosa. O silêncio e a omissão não são a resposta que se pede ao SMMP quando se verificam erros e arbitrariedades nas colocações e movimentos de magistrados, antes se impondo, para além da solidariedade, a reclamação e o pedido de correcção de todas as injustiças detectadas, avançando-se, se necessário, com acções judiciais colectivas.

Não permitiremos que o método de eleição dos representantes dos magistrados do Ministério Público para o CSMP seja alterado, com abandono do método de Hondt, sem que esteja demonstrado que é essa a vontade dos magistrados do Ministério Público, associados ou não.

Lutaremos por um sistema de justiça mais eficaz, com leis claras e conformes à constituição, e dotado dos meios humanos e materiais adequados, analisando para isso, de forma sistemática e permanente, o funcionamento dos tribunais e denunciando todos os estrangulamentos judiciários, sem qualquer tibieza. Neste contexto, exigiremos um sistema informático moderno, capaz de assegurar a tramitação processual com segurança e eficácia e que esteja na dependência da PGR, ao contrário do que tem sucedido até agora, em que os conteúdos judiciários estão acessíveis e dependentes da administração do Estado.

Tudo faremos para conseguir um estatuto remuneratório consentâneo com a exclusividade, a disponibilidade e as elevadas responsabilidades funcionais inerentes ao ser magistrado do Ministério Público. Um estatuto remuneratório que não esteja sujeito a vontades políticas conjunturais perversas. Um estatuto remuneratório que não faça distinção entre magistrados colocados em instâncias locais genéricas e desdobradas e em que os critérios remuneratórios na primeira instância sejam aferidos apenas por razões de antiguidade, volume de trabalho e responsabilidade.

Manteremos a filiação na MEDEL, da qual o SMMP foi fundador e que, em momentos bem difíceis da nossa vivência, se solidarizou e fez solidarizar outras associações sindicais de magistrados europeus.

Acima de tudo, pugnaremos sempre pelo reforço da independência externa e da autonomia interna do Ministério Público, com subordinação exclusiva à Lei, como pressuposto da defesa permanente do Estado de Direito Democrático e da garantia da igualdade de todos os cidadãos perante a Lei.

Somos mais de sessenta magistrados do Ministério Público, representativos dos diversos graus da hierarquia e jurisdições, e espalhados por todas as zonas do país. Apresentamo-nos como uma alternativa credível e experiente, com o objectivo de servir todos os magistrados do Ministério Público, e de os unir através do SMMP, dando-lhes uma voz firme, desprendida e independente, susceptível de engrandecer o Ministério Público e de valorizar a justiça.
Seremos firmes na defesa dos direitos de todos os nossos associados, sem excepção.

Seremos transparentes nos nossos propósitos.

Seremos independentes dos órgãos de gestão do Ministério Público.

Seremos dos associados.

É o que nos move como equipa.

É o que nos motiva como ideário.


A candidatura independente